Estádio Municipal Radialista Mário Helênio

Desde o último dia 24 de fevereiro, quando fomos surpreendidos com a notícia de que o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio estaria indisponível no período de 8 a 20 de maio, fizemos contato com a Prefeitura Municipal solicitando uma agenda com a chefe do executivo para tratarmos desse e de outros assuntos relevantes para o futebol da cidade como um todo, contudo ainda estamos aguardando a marcação dessa agenda.
Nesta mesma esteira de surpresas, vimos ser publicada uma portaria da SEL que regula o uso do Estádio Municipal. Uma série de regras e condições foram impostas sem que ao menos nosso clube fosse procurado para apresentar alguma proposta e contribuirmos para que fosse construída uma solução amigável, democrática, participativa, justa e que favorecesse a todos os atores envolvidos com o esporte em geral na cidade.
Continuamos em busca do diálogo não havido até a presente data e também em busca de solução das causas que nos impedem, desde a publicação da Portaria 5439-SEL, de 04 de março de 2022 de realizar os jogos do Tupi Foot Ball Club no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.
O Estádio Municipal, um bem público e que pertence a todos os juiz-foranos, precisa sim ter seu uso otimizado, contudo não se deve desprezar a sua essência. A sua concepção inicial foi para o futebol e até a presente data esse foi seu principal uso.
Fazer diferente é algo que também pertence a atual gestão de nosso clube. Deixamos claro, no entanto, que não somos contra ao que está sendo feito, discordamos sim, de como está sendo feito.
Um bem público precisa ter seu uso discutido e debatido pela população. Um equipamento público, construído para o esporte, precisa ter essa destinação como absoluta prioridade.
A Secretaria de Esportes, órgão da Administração Direta, subordinada ao chefe do Poder Executivo é responsável pela execução da política municipal de esportes. Cabe a secretaria sugerir e implantar medidas que fortaleçam o esporte no município. A Secretaria necessita lutar pelo esporte da cidade.
Não mandar seus jogos em Juiz de Fora, nesse momento de retomada do clube, nos implicará em incalculáveis prejuízos técnicos, de competitividade e financeiro. O cenário de incertezas nos limita em ações de marketing e relacionamento com o nosso torcedor e reduz a melhoria de receitas para que o clube possa honrar seus compromissos.
Sobre a indisponibilidade de maio, conforme nota da própria Secretaria, tal situação já estava definida desde o ano de 2021, entendo o clube que, numa situação de deferência e respeito com a entidade tal situação já poderia nos ter sido comunicada.
Salientamos também que, a partir da publicação da já citada portaria, jogos importantes do nosso clube e de outras equipes profissionais da cidade poderão ser realizadas em outras cidades, em razão do não uso prioritário do estádio para atividades esportivas.
A colocação em pé de igualdade para uso de um equipamento público concebido para o esporte, notadamente o futebol, em relação a eventos diversos, na realidade, nos coloca em situação de desigualdade, tendo em vista que citados eventos podem ser realizados em diversos outros lugares, diferentemente do futebol que exige-se no mínimo um campo de futebol.
Importante salientar que as chamadas “Arenas Multiuso” existentes em nosso país são bens privados ou, quando públicos são repassados através de concessões pelo poder público a entes privados que são os responsáveis, na maioria dos casos, pela construção e total manutenção daquele espaço por determinado período, diferente do nosso ESTÁDIO MUNICIPAL.
Por derradeiro, reitero nosso posicionamento de estar aberto a um diálogo respeitoso, que contribua sempre para a evolução do futebol em nossa cidade.
Fraternalmente,
Eloisio Pereira de Siqueira
Presidente